As cartas não se seguem umas às outras a seu belo prazer. Além da relação existente entre uma carta e as que a precede e sucede imediatamente, há ligação também entre cada uma delas e todas as demais. O símbolo isolado não deve ser apreendido somente na sua sequencia linear, mas também na sua relação qualitativa e dinâmica com o todo, num desenvolvimento cíclico que una o passado e o futuro. A observação das figuras desperta o interesse, a curiosidade, a esperança e o receio, sensações que activam o inconsciente e permitem que haja retrocesso no espaço e no tempo. Não existem cartas de sorte ou de azar no tarot, as cartas indicam caminhos para a compreensão e solução dos conflitos.
As figuras do tarot estão em constante movimento para nos fazer pensar, dançando como o Shiva de cem braços, os seus significados cruzam-se e completam-se de várias maneiras.
No conjunto das 3 cartas acima o significado só se entenderá através mesmo do seu conjunto e não individualmente, neste caso vê-se que este homem é mentiroso (3 de espadas) e tem vícios (diabo). De notar que ele só está virado para este diabo, o 3 de espadas não existe para ele e provavelmente nem quer saber.
Proximamente escreverei sobre os inter-relacionamentos simbólicos entre as cartas.
Um beijo especial à Susana que não deixa de visitar o meu blog, beijinho por tudo e pelo apoio.

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